sábado, 29 de maio de 2010

Pré-socráticos - parte II

Heráclito de Éfeso

 
Heráclito nasceu em Éfeso, cidade da Jónia, por volta de 540 a.C., descendente de uma família que ainda conservava prerrogativas reais.
Embora incluído na Escola Jônica, por sua descendência, Heráclito não teve nenhum mestre e desprezava os filósofos de seu tempo. Escreveu um livro também intitulado "Sobre a Natureza", mas de forma tão concisa que recebeu o cgnome de "O Obscuro".
Sua akmé se deu entre 504 e 500 a.C.. É considerado o maior filósofo pré-socrático, por formular com vigor o problema da unidade permanente do ser diante da pluralidade e mutabilidade das coisas particulares e transitórias. Estabeleceu ainda a existência de uma lei universal e fixa – logos – que rege todos os acontecimentos particulares e fundamenta a harmonia universal.
Sua phýsis é o fogo primordial que arde eternamente, a própria razão. Para Heráclito, o mundo é um devir eterno. Platão, referindo-se a Heráclito, conclui que para o pré-socrático "tudo flui".
"Não podemos entrar duas vezes no mesmo rio, pois o rio nunca é o mesmo e nós também nunca mais somos os mesmos". É a frase que define a teoria de Heráclito. O mundo está em constante mudança e tudo o que se acha que é permanente é ilusão.
O dia anoitece, a noite amanhece, o sono desperta, o despertar adormece. O movimento é a realidade verdadeira e a luta dos contrários, já que o fluxo perpétuo do mundo sempre está alterando as coisas.

 Pitágoras de Samos

Pitágoras nasceu em Samos, cerca de 580/78 a.C. e, por sua importância, dá o nome à Escola Pitagórica.
Muito pouco se conhece da vida deste filósofo e matemático. Alguns chegam a duvidar se ele realmente existiu ou se o nome Pitágoras foi dado aos estudiosos de ciências matemáticas do período. Por este fato, iremos tratar aqui não só de Pitágoras, mas de toda a escola itálica.
O pitagorismo influenciou muito os pensadores posteriores. Mesmo depois da crise do Pitagorismo (em face do famoso teorema, que, maliciosamente recebeu o nome de Teorema de Pitágoras) e de sua quase extinção, percebemos que Platão e Aristóteles utilizam e baseiam-se em conclusões atribuídas aos pitagóricos.
Pitágoras tinha por sua phýsis os números. O um é o princípio de todas as coisas, assim como a matemática.
Os números estão presentes em todas as coisas, tanto visíveis como invisíveis. São ritmos, proporções, relações, somas, subtrações, combinações e dissociações ordenadas e reguladas, ou seja, o número não representa nem simboliza as coisas, ele é a estrutura das coisas.
O número produz a unidade e a diversidade das coisas e por isso as torna conhecíveis por nossa alma.

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