sábado, 29 de maio de 2010
QUESTÕES FILÓ - 1º ANO
01. (UFU)
(A) Morte é tudo que vemos despertos, e tudo que vemos dormindo é sono.
(B) O homem tolo gosta de se empolgar a cada palavra.
(C) Ao se entrar num mesmo rio, as águas que fluem são outras.
(D) Muita instrução não ensina a ter inteligência.
(E) O povo deve lutar pela lei como defende as muralhas da sua cidade.
A) Parmênides, Heráclito, Tales e Pitágoras.
B) Xenófanes, Heráclito, Tales e Anaxímenes.
C) Pitágoras, Anaxágoras, Tales e Anaximandro.
D) Empédocles, Anaximandro, Tales e Parmênides
A) Heráclito é dialético e Parmênides é analítico;
B) Heráclito é platônico e Parmênides é aristotélico;
C) Heráclito diz que os sentidos enganam e Parmênides valoriza os sentidos;
I. existe ordem na natureza, mas nós não podemos conhecê-la.
IV. os eleatas diziam que o ser, para eles sinônimo da natureza de todas as coisas, é divisível.
V. Tales, Anaximandro e Anaxímenes defendem que a natureza tem um princípio único.
VI. Anaxágoras afirma que a Inteligência (Nous) é princípio de todas as coisas.
Assinale a alternativa CORRETA.
A) Somente as afirmativas III, V e VI são corretas.
B) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas.
C) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
D) Somente as afirmativas III, V e VII são corretas.
E) Somente as afirmativas III, IV e VI são corretas.
A partir do assunto abordado no texto acima e considerando o pensamento de filósofos pré-socráticos, assinale a opção correta.
Como uma onda
Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa
Tudo sempre passará
A vida vem em ondas
Como um mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente
Viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo
No mundo
Não adianta fugir
Nem mentir
Pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Lulu Santos e Nelson Motta
A letra dessa canção de Lulu Santos lembra ideias do filósofo grego Heráclito, que viveu no século VI a.C. e que usava uma linguagem poética para exprimir seu pensamento. Ele é o autor de uma frase famosa: “Não se entra duas vezes no mesmo rio”. Dentre as sentenças de Heráclito abaixo citadas, marque aquela da qual o sentido da canção de Lulu Santos mais se aproxima.
(A) Morte é tudo que vemos despertos, e tudo que vemos dormindo é sono.
(B) O homem tolo gosta de se empolgar a cada palavra.
(C) Ao se entrar num mesmo rio, as águas que fluem são outras.
(D) Muita instrução não ensina a ter inteligência.
(E) O povo deve lutar pela lei como defende as muralhas da sua cidade.
02. Na geração do cosmo, a preponderância à terra, ao fogo, à água e ao ar costuma ser atribuída, respectivamente, aos seguintes pensadores pré-socráticos:
A) Parmênides, Heráclito, Tales e Pitágoras.
B) Xenófanes, Heráclito, Tales e Anaxímenes.
C) Pitágoras, Anaxágoras, Tales e Anaximandro.
D) Empédocles, Anaximandro, Tales e Parmênides
03. Os filósofos pré-socráticos lançaram questões centrais sobre o problema do ser, do conhecer e da origem da natureza, do universo. Parmênides e Heráclito são duas referências importantes nesse início da filosofia ocidental que ocorreu na Grécia Antiga entre os séc. VII e V a.C. Qual é a principal diferença na forma de pensar entre Heráclito e Parmênides?
A) Heráclito é dialético e Parmênides é analítico;
B) Heráclito é platônico e Parmênides é aristotélico;
C) Heráclito diz que os sentidos enganam e Parmênides valoriza os sentidos;
D) Heráclito considera que tudo na natureza se transforma, pois todas as coisas estão em constante movimento e, portanto, conhecer é captar a mudança contínua. Já Parmênides concebe que conhecer é alcançar o idêntico, imutável;
E) Para Heráclito ninguém consegue se banhar duas vezes no mesmo rio e para Parmênides todos "os banhos" são iguais.
04.(PROVA PROF. FILOSOFIA UFSC-UFFS) Aristóteles chamou os primeiros pensadores de fisiólogos, pois eles se voltaram para a investigação da natureza a partir de princípios racionalmente justificados ou justificáveis. Analise as afirmativas abaixo sobre a investigação da natureza elaborada pelos présocráticos:
I. existe ordem na natureza, mas nós não podemos conhecê-la.
II. nenhum pré-socrático colocou conjuntamente os quatro elementos (terra, fogo, água e ar) como princípios de todas as coisas.
III. todos os pré-socráticos supõem como verdadeiro que nada provém do nada. IV. os eleatas diziam que o ser, para eles sinônimo da natureza de todas as coisas, é divisível.
V. Tales, Anaximandro e Anaxímenes defendem que a natureza tem um princípio único.
VI. Anaxágoras afirma que a Inteligência (Nous) é princípio de todas as coisas.
VII. para Leucipo e Demócrito os átomos, que juntamente com o vazio compõe a natureza como um todo, são infinitamente divisíveis.
Assinale a alternativa CORRETA.
A) Somente as afirmativas III, V e VI são corretas.
B) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas.
C) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
D) Somente as afirmativas III, V e VII são corretas.
E) Somente as afirmativas III, IV e VI são corretas.
05. (PROVA PROF. FILOSOFIA/GO) Os pioneiros do pensamento ocidental anteriores a Sócrates, de um modo geral, observavam a natureza. À noite segue o dia. As estações do ano sucedem-se uma à outra. As plantas e os animais nascem, crescem e morrem. Diante desse espetáculo cotidiano da natureza, o homem manifesta sentimentos variados - medo, resignação, incompreensão e espanto. E são precisamente esses sentimentos que acabam por levá-lo à filosofia. O espanto inicial traduz-se em perguntas intrigantes: o que é essa natureza, que apresenta tantas variações? Ela possui uma ordem ou é um caos sem nexo?
Bernadete Abrão (Org.). História da Filosofia. São Paulo: Nova Cultural, 1999, p. 24 (com adaptações). A partir do assunto abordado no texto acima e considerando o pensamento de filósofos pré-socráticos, assinale a opção correta.
A - Parmênides é o filósofo pré-socrático que do seu tempo destoava dos outros filósofos por sua abordagem da temática antropológica ao estudar o agir do homem e fundar, desse modo, a ética.
B - Pitágoras considerava tudo relativo na medida em que percebia o inter-relacionamento de todas as coisas.
C - Para Heráclito, o mundo era um eterno fluir, como um rio em que seria impossível banhar-se duas vezes na mesma água.
D - Para Anaxímenes, tudo se origina na água e toda a natureza teria como único princípio esse elemento natural.
Pré-socráticos - parte III
Parmênides de Eléia
Parmênides nasceu em Eléia, na Itália, cerca de 530 a.C. Foi discípulo do pitagórico Amínias e provavelmente, também seguiu as lições de Xenófanes. Em Atenas combateu a filosofia dos jônicos e, sua akmé se deu por volta de 500 a.C.
Escreveu uma obra, em poema, denominada Sobre a Natureza, composta por duas partes. Na primeira parte trata da verdade e na segunda, da opinião. A obra levanta-se contra o dualismo pitagórico e o mobilismo de Heráclito.
Parmênides formulou os dois princípios lógicos do pensamento: o principio da identidade ( o ser é o ser), e o principio da não-contradição (se o ser é, o seu contrario, não é).
Ele também foi o criador da ontologia, isto é, a doutrina do ser e de suas formas.
Para Parmênides a experiência sensorial nos faz perceber que tudo está em movimento, ou seja, em mudança. Nós mudamos, as coisas surgem e desaparecem mas o ser é imóvel e imutável, pois se se movesse, mudaria e tornar-se-ia aquilo que ele não é.
Zenão de Eléia
Zenão nasceu em Eléia, na Itália, por volta de 504 a.C e teve sua akmé aproximadamente em 461 a.C. Foi o criador da dialética, isto é, a argumentação combativa, e um ferrenho defensor de seu mestre, Parmênides, principalmente contra as criticas dos pitagóricos.
Defendeu o ser uno, continuo e indivisível de seu mestre contra o ser múltiplo, descontinuo e divisível dos pitagóricos.
Zenão jamais defendia diretamente as teses de Parmênides, mas tomava as teses adversárias e as conduzia a conclusões contraditórias, portanto falsas. Zenão não pretendia demonstrar a verdade de uma teoria, mas os absurdos das opiniões contrarias. Por conta disso, Zenão ficou conhecido entre os gregos como o criador de dificuldades sem solução.
Demócrito de Abdera
Demócrito nasceu em Abdera, colônia jônica da Trácia, cerca de 460 a.C. Foi sucessor de Leucipo e, portanto, sua phýsis também era baseada no átomo.
Os átomos, segundo Demócrito são os elementos que formam tudo o que existe no mundo. Eles se movimento no vácuo, chocando-se e unindo-se uns aos outros, fazendo as coisas nascer, mudar e perecer.
Os átomos não são iguais, e se diferenciam pela forma, grandeza, posição, direção e velocidade, mas são todos iguais em substancia, de forma que as diferenças nas coisas são explicadas apenas pela forma, arranjo e posição dos átomos.
Tudo é matéria na teoria atômica de Demócrito, razão pela qual ele e Leucipo ficaram conhecidos como materialistas.
REVISÃO SOCIOLOGIA - 3º ANO - QUESTÕES
(UEM) Nas décadas de 1950 e 1960, os estudos da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina) motivaram um intenso debate sobre a condição subdesenvolvida de países como o Brasil. Sobre esse assunto, assinale o que for correto.
01) Pesquisadores como Celso Furtado afirmaram que as economias capitalistas não seguem uma trajetória evolucionista. Assim, o subdesenvolvimento não seria uma etapa anterior ao desenvolvimento, mas resultado de processos históricos autônomos.
02) No período indicado acima, os estudiosos do subdesenvolvimento defendiam que o Estado deveria intervir na economia como caminho para o desenvolvimento. Esse diagnóstico influenciou as políticas econômicas implantadas em vários países da América Latina.
04) A Cepal foi instituída pela ONU (Organização das Nações Unidas) no final da década de 1940, com o objetivo de formular planos de desenvolvimento para a América Latina.
08) No período histórico em questão, o Brasil alcançou um grau significativo de industrialização, a exemplo do setor automobilístico. A geração de emprego nesse e em outros setores da economia nacional foi suficiente para romper as barreiras do subdesenvolvimento.
16) Os estudiosos do subdesenvolvimento preconizavam que, além da industrialização, o Estado deveria promover reformas sociais para alcançar o desenvolvimento.
obs: nesta questão, você deverá fazer o somatório das alternativas corretas. EX: se a 4 e a 16 forem corretas, dá 20 !!!!
(Processo Seletivo – Professor Substituto / Seduc-PI) Grande parte das cidades do Brasil, independentemente do seu tamanho, possui uma favela. Apesar das diferenças, em termos da sua história e da proporção de área urbana que ocupam, existem elementos da organização social comum a todas. O emprego regular é a exceção entre os habitantes. A maioria vive de uma combinação de trabalho casual, serviços domésticos, produção de pequena escala, comércio e várias outras atividades. O texto acima se refere:
a) À existência de bolsões de pobreza no semi-árido brasileiro.
b) Ao trabalho escravos em fazendas, notadamente nas regiões Norte e Nordeste.
c) Ao trabalho infantil em indústrias nas grandes metrópoles brasileiras.
d) Às péssimas condições de trabalho feminino nas fazendas nordestinas.
e) Às favelas, comuns em grande parte das cidades brasileiras.
(Processo Seletivo – Professor Substituto / Seduc-PI) São características do subdesenvolvimento, exceto:
a) Baixa taxa de mortalidade infantil.
b) Dependência econômica e tecnológica em relação aos países plenamente desenvolvidos.
c) Baixa renda per capita e altos índices de analfabetismo.
d) Economia controlada em parte por empresas multinacionais com centros de decisão fora do país.
e) Desrespeito mais ou menos frequente aos direitos humanos.
(Processo Seletivo – Professor Substituto / Seduc-PI) Sobre as origens do subdesenvolvimento é correto afirmar:
a) De modo geral, as nações subdesenvolvidas foram no passado colônias de nações desenvolvidas.
b) Essas nações são chamadas de países periféricos – em contraste com os países centrais, aqueles que estão no centro do sistema internacional.
c) O movimento colonizador se afirmou com a conquista da América, o tráfico de escravos africanos e a exploração dos produtos do Oriente, as chamadas “especiarias”.
d) A colonização de exploração, através do sistema de Plantation, com a produção voltada para o mercado externo e se dava em grandes propriedades rurais, empregando predominantemente o trabalho escravo.
e) Todas as assertivas estão corretas.
(ENEM/05) Leia os textos abaixo:
I - A situação de um trabalhador
Paulo Henrique de Jesus está há quatro meses desempregado. Com o Ensino Médio completo, ou seja, 11 anos de estudo, ele perdeu a vaga que preenchia há oito anos de encarregado numa transportadora de valores, ganhando R$ 800,00. Desde então, e com 50 currículos já distribuídos, só encontra oferta para ganhar R$300,00, um salário mínimo. Ele aceitou trabalhar por esse valor, sem carteira assinada, como garçom numa casa de festas para fazer frente às despesas. (O Globo, 20/07/2005.)
II - Uma interpretação sobre o acesso ao mercado de trabalho
Atualmente, a baixa qualificação da mão-de-obra é um dos responsáveis pelo desemprego no Brasil.
A relação que se estabelece entre a situação (I) e a interpretação (II) e a razão para essa relação aparece em:
a) II explica I – Nos níveis de escolaridade mais baixos há dificuldade de acesso ao mercado de trabalho.
b) I reforça II – Os avanços tecnológicos da Terceira Revolução Industrial garantem somente o acesso ao trabalho para aqueles de formação em nível superior.
c) I desmente II – O mundo globalizado promoveu desemprego especialmente para pessoas entre 10 e 15 anos de estudo.
d) II justifica I – O desemprego estrutural leva a exclusão de trabalhadores com escolaridade de nível médio incompleto.
e) II complementa I – O longo período de baixo crescimento econômico acirrou a competição, e pessoas de maior escolaridade passam a aceitar funções que não correspondem a sua formação.
Passagem bíblica !!!!! (EITA MANU!!!!!)
Deus estava andando com Adão pelo Paraíso, quando Adão resolveu perguntar:
— Senhor? Por que fizeste a Eva tão bonita?
— Para que você gostasse dela!
— Por que a fizeste tão macia?
— Para que você gostasse dela!
— Tudo bem, mas por que tão burra?
— Para que ela gostasse de você!
Arthur Schopenhauer
A respeito de Schopenhauer e da sua Teoria do Conhecimento
Arthur Schopenhauer (Danzig, 22 de Fevereiro 1788 — Frankfurt, 21 de Setembro 1860) foi um filósofo bastante atípico em uma época onde o racionalismo herdado das escolas de pensamento iluministas era muito predominante na filosofia, sobretudo no sistema idealista alemão representado por Fichte, Schelling e Hegel. O fato de Schopenhauer ter sido tão diferente dos demais pensadores deve-se a razão dele ter sido um dos principais porta-vozes da irracionalidade ocidental, caminhando dessa maneira na contramão do cenário filosófico, bem como Kierkegaard que desmistificou a razão, bem como Michel de Montaigne que, ao contrário dos seus contemporâneos renascentistas, assegurou que a racionalidade não conduz à felicidade e que boa porção de nossos problemas é devido à razão. Além do mais, Schopenhauer também foi aquele que introduziu na metafísica alemã o Budismo e o pensamento hindu, do mesmo modo que também trouxe ao terreno da filosofia a importância da vontade, sendo esta uma espécie de “Deus” panteísta.
A doutrina de Schopenhauer desenvolveu-se a partir do pensamento de Platão e Immanuel Kant, como ainda da filosofia oriental (Hinduísmo, Skhismo, Jainismo, Budismo, Taoísmo, etc.), dessa influência oriental, em análise profunda, é possível deduzir que foi dela que Schopenhauer partiu para construir a parte de sua filosofia que valoriza o irracional. Mas, em especial, será em Crítica da Razão Pura - uma das mais centrais obras de Kant - que Schopenhauer vai elaborar sua epistemologia. Portanto, é inadmissível tratar do pensamento schopenhaueriano sem antes abordar a filosofia de Kant, mesmo que tal abordagem seja rápida.
Immanuel Kant é o filósofo que vai fazer uma síntese entre o racionalismo continental e a tradição empírica inglesa, elaborando assim sua epistemologia. Kant desenvolve sua teoria do conhecimento com base na leitura de David Hume, Francis Bacon, John Locke, George Berkeley, Leibniz, Descartes, et caetera. Porém, será David Hume a pedra fundamental de sua teoria epistemológica.
Segundo Hume, a base do conhecimento são as impressões e relações entre as idéias, como as associações. Esse conceito será essencial no desenvolvimento da epistemologia de Kant.
A teoria do conhecimento kantiana diz que aquilo que o sujeito apreende do mundo real pela utilização de seus sentidos é a “matéria” do conhecimento, que são os dados, as impressões do mundo externo. Sobre essa “matéria” (que para Hume seria a impressão, sendo a idéia reflexo desta) o espírito elabora a “forma” (os conceitos, as idéias, as leis, etc.). Esta forma é construída conforme as categorias a priori que servem para organizar os dados obtidos no decurso da experiência. As categorias a priori são: causalidade, quantidade, qualidade, falsidade, verdade, finalidade, particularidade e universalidade. Isso significa que o conhecimento nasce da experiência com a realidade, todavia essa experiência passa pelo um filtro antes de chegar ao intelecto. Esse filtro seria a parte da estrutura corpórea do homem que permite que ele tenha certo nível de noção da realidade: os sentidos, o sistema nervoso central, e assim por diante. Mas, uma vez que essa experiência sofre modificações e limitações de determinado filtro, a realidade que chega até o juízo não é mais a mesma. Por sua vez, o juízo ainda agrega uma forma ao produto daquilo que fora capturado outrora pela experiência sensível com o mundo. Em síntese, a realidade da essência íntima das coisas é incognoscível. Por isso para Kant o mundo é dividido em dois: o mundo da Coisa em-si (o mundo do nôumeno, isto é, a realidade que não é oferecida ao homem, que é a realidade tal como ela é) e o do fenômeno (a realidade que se mostra ao sujeito do conhecimento, mas que não corresponde fielmente à realidade da Coisa em-si). Kant diz ainda que quando a razão procura o entendimento dessa coisa em-si (nôumeno em termos kantianos), confronta-se com obstáculos intransponíveis e soluções tão-somente contraditórias, sendo assim, permanecendo um conhecimento além do alcance de nosso limitado intelecto.
No começo do mais importante livro de Schopenhauer – O Mundo como Vontade e Representação – ele afirma: “O mundo é minha representação.”. Quer dizer, o mundo é dado à percepção apenas como representação. A percepção, pois, delimita o real. Esta é a tese substancial de sua concepção filosófica - o mundo só pode ser percebido por meio de representações. Deste modo, o mundo é puro fenômeno ou representação. Estando a essência do mundo naquilo que condiciona o seu aspecto exterior, a vontade, que é a coisa em-si do mundo, sendo ela una, indizível, infinita. Logo, a essência do mundo não está propriamente nele, e sim na sua força motriz, ou seja, a vontade, que se manifesta sempre no sentido de sua plena sobrevivência e realização. Sendo a vontade a essência do mundo, a realidade não passa de pura irracionalidade. Ao contrário de Hegel que dizia ser o real racional, Schopenhauer articula que a realidade é vontade irracional. Nesse sentido, Schopenhauer também se opõe a Platão, filósofo que considerava que o verdadeiro mundo é o das idéias, o mundo inteligível, o mundo concebido racionalmente. Já em relação a Kant, Schopenhauer compartilha da mesma idéia kantiana que separa o mundo em dois. Contudo, em Schopenhauer a essência íntima das coisas pode ser capturada pela intuição, mesmo que ela esteja encoberta pela representação, pelo véu de Maia.
Arthur Schopenhauer é um filósofo que supervaloriza o conhecimento e que atribui pouquíssimo valor a racionalidade. Ainda no livro O Mundo como Vontade e Representação, Schopenhauer inicialmente faz a afirmação de que há dois tipos de conhecimento, um é o intuitivo e o outro é o racional. O conhecimento racional (também chamado de abstrato) é o dos conceitos. E é por semelhante porquê que Schopenhauer não valoriza tal natureza de conhecimento, pois para ele os conceitos são apenas representações de representações. Segundo Schopenhauer, o conceito é uma imitação em signos lingüísticos do que a intuição e o juízo entendem de outras maneiras. Por isso o conhecimento intuitivo é de onde Schopenhauer extrai o aglomerado de sua ciência.
Muitos foram os escritores influenciados por esse filósofo dono duma concepção profundamente pessimista em relação à existência, como, p.ex., Nietzsche, Franz Kafka, Tolstói, Jean-Paul Sartre, Machado de Assis, Wagner, Thomas Mann, Sigmund Freud, Ludwig Wittgenstein, Zola, Nicolai Hartmann, Bergson, Jorge Luis Borges, Jung, Proust, Augusto dos Anjos, entre outros. Como diz Thomas Mann: “Schopenhauer coloca-se entre Goethe e Nietzsche; ele realiza a passagem entre eles: mais ‘moderno’, sofredor e difícil que Goethe, mas muito mais ‘clássico’, robusto e saudável que Nietzsche.
SOCIOLOGIA REVISÃO 3º ANO - parte II
Subdesenvolvimento: Escolha ou Conseqüência?
Olá meu caro leitor! Bom, acho que ainda está pensando o que quero falar hoje, pois bem é bom mesmo mantermos esse bom espírito, mas não quero fazer você ficar mal mesmo depois de um dia exaustivo, entretanto a verdade tem que ser explicita.
O tema a ser tratado é o subdesenvolvimento do nosso país, vamos retroceder ao dia 22 de abril de 1500, quando Pedro Álvares Cabral desembarca a Ilha de Vera Cruz ou Terra de Santa Cruz como foi chamada mais tarde ou simplesmente Brasil. Foi a partir daí que nosso destino começou a mudar, mas mudar para pior.
Portugal se tornou nossa metrópole e nós se tornamos uma colônia de exploração, exploraram o pau-brasil, invadiram o lugar onde os índios viviam, obrigaram a eles a fazerem o que eles não queriam, ou seja, ocorreu uma grande batalha entre eles e os índios, onde muitos morreram e outros tiveram que se submeter às ordens dos novos povos, mas uma coisa é certa os índios guerrearam até o fim.
Mas com o passar do tempo à exploração do pau-brasil foi perdendo sua hegemonia e com isso começou-se o cultivo de cana-de-açúcar e ainda por cima faltavam pessoas para trabalhar, a solução foi o tráfico negreiro, no fim ainda exploraram e usaram nossa terra para lucrar e cometeram horrores aos negros.
Desde aí fomos explorados e ficamos cada vez mais pobres, chegando ao subdesenvolvimento, mas e aí leitor será que depois de tudo que aconteceu na época colonialista e que nos deixou mais pobre vai continuar nos deixando mais pobre ainda. Desde 7 de setembro de 1822, quando D.Pedro deu o grito “Independência ou morte” e acabamos virando independentes. Mas desde esse episódio até hoje ainda somos de certo modo “dependentes”, ainda somos o que somos, mas o que me admira mais é que mesmo o Brasil com a independência ainda continua tendo que pagar a dívida externa, porém sabemos que tudo isto está acontecendo e você leitor? Só porque o Brasil começou sendo explorado, chegou ao mundo industrial meio “atrasado”, teve que fazer empréstimos pra pagar dívidas e para poder se habituar aos tempos modernos, criar sua infra-estrutura, formar as fábricas, e ainda por cima no poder está vários políticos corruptos que nós ainda somos os próprios culpados por pôr eles lá, você fica aí parado dizendo que o Brasil não vai pra frente porque já começou errado desde o início, que só há corrupção, que falta tantas coisas ao Brasil, mas espera aí, o que você está fazendo para mudar a realidade? Será se está sendo mais uma das causas para esse subdesenvolvimento? Não adianta de nada pensar só no que aconteceu, mas sim o que você pode fazer para reverter essa história, pois se você só vê nosso país de forma pobre e sem perspectivas você terá para sempre um país subdesenvolvido, mas se você vê além, tem perspectivas, confia na mudança você terá um país desenvolvido.
Mudar o nosso passado cruel não há como. Sair do Subdesenvolvimento? Talvez. Pagar a dívida? Temos chance. Mas mudar o fim dessa história meu caro só depende de nós. Isto só passa de uma escolha nossa mesmo, ou escolhemos ou se tornemos uma conseqüência dele.
Pré-socráticos - parte II
Heráclito de Éfeso
Heráclito nasceu em Éfeso, cidade da Jónia, por volta de 540 a.C., descendente de uma família que ainda conservava prerrogativas reais.
Embora incluído na Escola Jônica, por sua descendência, Heráclito não teve nenhum mestre e desprezava os filósofos de seu tempo. Escreveu um livro também intitulado "Sobre a Natureza", mas de forma tão concisa que recebeu o cgnome de "O Obscuro".
Sua akmé se deu entre 504 e 500 a.C.. É considerado o maior filósofo pré-socrático, por formular com vigor o problema da unidade permanente do ser diante da pluralidade e mutabilidade das coisas particulares e transitórias. Estabeleceu ainda a existência de uma lei universal e fixa – logos – que rege todos os acontecimentos particulares e fundamenta a harmonia universal.
Sua phýsis é o fogo primordial que arde eternamente, a própria razão. Para Heráclito, o mundo é um devir eterno. Platão, referindo-se a Heráclito, conclui que para o pré-socrático "tudo flui".
"Não podemos entrar duas vezes no mesmo rio, pois o rio nunca é o mesmo e nós também nunca mais somos os mesmos". É a frase que define a teoria de Heráclito. O mundo está em constante mudança e tudo o que se acha que é permanente é ilusão.
O dia anoitece, a noite amanhece, o sono desperta, o despertar adormece. O movimento é a realidade verdadeira e a luta dos contrários, já que o fluxo perpétuo do mundo sempre está alterando as coisas.
Pitágoras de Samos
Pitágoras nasceu em Samos, cerca de 580/78 a.C. e, por sua importância, dá o nome à Escola Pitagórica.
Muito pouco se conhece da vida deste filósofo e matemático. Alguns chegam a duvidar se ele realmente existiu ou se o nome Pitágoras foi dado aos estudiosos de ciências matemáticas do período. Por este fato, iremos tratar aqui não só de Pitágoras, mas de toda a escola itálica.
O pitagorismo influenciou muito os pensadores posteriores. Mesmo depois da crise do Pitagorismo (em face do famoso teorema, que, maliciosamente recebeu o nome de Teorema de Pitágoras) e de sua quase extinção, percebemos que Platão e Aristóteles utilizam e baseiam-se em conclusões atribuídas aos pitagóricos.
Pitágoras tinha por sua phýsis os números. O um é o princípio de todas as coisas, assim como a matemática.
Os números estão presentes em todas as coisas, tanto visíveis como invisíveis. São ritmos, proporções, relações, somas, subtrações, combinações e dissociações ordenadas e reguladas, ou seja, o número não representa nem simboliza as coisas, ele é a estrutura das coisas.
O número produz a unidade e a diversidade das coisas e por isso as torna conhecíveis por nossa alma.
REVISÃO SOCIOLOGIA 3º ANO - parte 1
Países subdesenvolvidos e os problemas sociais
Os problemas sociais assim como a pobreza têm sofrido um aumento significativo decorrente de vários fatores, no entanto, o principal deles é o crescente processo de globalização ao qual o mundo vem atravessando recentemente.
As questões relacionadas às desigualdades sociais e seus problemas derivados desse processo podem ser identificadas em todos os países do mundo, mesmo naqueles que se inserem no grupo de grandes nações, mas nos países que figuram como subdesenvolvidos essas questões são mais acentuadas e de fácil percepção. A grande maioria desses países é subdesenvolvida devido a fatores históricos decorrentes da colonização Européia que ao longo de séculos explorou efetivamente tais países.
Atualmente podemos nomear uma série de possíveis causas e conseqüências do subdesenvolvimento de muitos países, porém os principais são:
• Distribuição de renda: esse processo é comum as sociedades capitalistas e favorece o incremento de formação de bolsões de pobreza. A disparidade na distribuição da renda é provocada, sobretudo da concentração da riqueza nas mãos de uma parcela restrita da população. Nesse sentido, existem movimentos que buscam uma melhoria na distribuição dos rendimentos, mas quase sempre não obtém êxito, pois esses não detêm um poder de organização de influência. Isso dificulta ainda mais, pois a classe menos favorecidas é composta por pessoas com pouca instrução e se torna devido essa condição mais fácil de ser manipulada pelo sistema.
• Baixos índices de escolaridade: o índice de escolaridade é um fator que está diretamente ligado à falta de recursos financeiros que é comum a grande maioria da população. A baixa escolaridade da população nos países subdesenvolvidos é proveniente, muitas vezes, de situações em que crianças se encontram em idade escolar são obrigadas a integrar o mercado de trabalho, quase sempre informal, para contribuir na renda familiar, isso momentaneamente é positivo para a família, mas posteriormente esses indivíduos serão trabalhadores adultos com baixa qualificação e encontrarão dificuldades para se colocar no mercado de trabalho. Resultado disso, esses trabalhadores vão trabalhar em empregos que exigem pouca qualificação e que oferecem baixos salários.
• Problemas de moradia: Boa parte da população dos países subdesenvolvidos habitam em residências que se encontram em lugares marginalizados desprovidos de infra-estrutura de serviços básicos (pavimentação, esgoto, água tratada entre outros) e geralmente as casas ou barracos são extremamente precárias e às vezes sub-humanas. Em diversos países a marginalização desses bairros e da cidade foi acrescido pelo intenso fluxo de pessoas que migraram do campo para as cidades, no qual esse processo é denominado de êxodo rural. Com o intenso fluxo os centros urbanos não conseguiram absorver o contingente de pessoas, além disso, o mercado de trabalho não ofereceu colocação para todos e às vezes essas pessoas não tinham qualificação o que agravava ainda mais os problemas.
• A fome e a desnutrição: a falta total ou parcial de alimentos atinge uma enorme parcela da população mundial, em alguns lugares do mundo as pessoas ficam até dias sem alimento em outros elas ingerem esse de forma desbalanceada, ou seja, não consomem todos nutrientes indispensáveis a manutenção da saúde. Dessa forma essa população atingida não possui rendimentos sequer para adquirir o alimento diário.
• Saúde: os problemas de saúde são decorrentes da falta de uma boa alimentação, moradias sem condições sanitárias e falta de comprometimento do poder público na implantação de medidas necessárias para amenizar os problemas dessa ordem. Os problemas sociais (alimentação, moradia, distribuição de renda, escolaridade) levam a mortalidade infantil e compromete a elevação na expectativa ou esperança de vida da população, principalmente dos excluídos.
http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/paises-subdesenvolvidos-os-problemas-sociais.htm
sexta-feira, 28 de maio de 2010
REVISÃO FILOSOFIA 2º ANO parte 2
RENÉ DESCARTES
René Descartes ( 1596 – 1650), filósofo francês, e reconhecidamente o “pai da filosofia moderna” , é o principal representante do racionalismo, cujos fundamentos se encontraram em suas obras Discurso sobre o método e Meditações metafísicas. Movido pelo espírito científico da época e apoiado na matemática, uma de suas paixões, descartes encaminha suas reflexões filosóficas em direção à verdade. A percepção de que o homem se engana com facilidade e de que os conhecimentos provenientes dos sentidos são muitas vezes duvidosos, impulsiona Descartes na busca de certezas inabaláveis.
Dessa maneira m, ele encontra na dúvida um caminho seguro para encontrar a verdade: “Converte a dúvida em método. Começa duvidando de tudo, das afirmações do senso comum, dos argumentos da autoridade, do testemunho dos sentidos, das informações da consci6encia, das verdades deduzidas pelo raciocínio, da realidade do mundo exterior e da realidade do seu próprio corpo” ( Aranha e Martins, 1986: 166).
A dúvida metódica conduz Descartes a um primeiro conjunto de verdades: “Eu duvido, isso é certo. Se duvido, é porque eu penso, isso também é certo. Se penso, eu existo: é certo que eu existo porque penso”.
Cogito, ergo sum, isto é, “Penso, logo, existo”: eis a primeira certeza cartesiana, da qual é possível ter-se uma idéia clara e distinta. O Cogito cartesiano ( “eu penso”) fundamenta a possibilidade da ciência: admitem-se como verdade apenas idéias claras e distintas. A evidência racional é o critério que deve guiar todo ser humano na construção do conhecimento. Assim, é possível perceber a ênfase no sujeito conhecedor - todo conhecimento resulta exclusivamente do próprio ato de pensar.
Nesse sentido, as idéias são inatas, não porque os homens já nascem com elas, mas sim porque elas resultam do próprio ato de pensar. As idéias claras e distintas representam o conteúdo possível do conhecimento humano sobre o real. O real só pode ser conhecido a partir das idéias que resultam da atividade do pensamento. Apenas o uso correto da razão garante um conhecimento evidente e certo.
“Minhas idéias provêm das experiências sensíveis”
QUESTÕES
01. Essas longas cadeias de razões (...), de que os geômetras costumam servir-se para chegar às suas mais difíceis demonstrações, haviam-me dado ocasião de imaginar que todas as coisas possíveis de cair sob o conhecimento dos homens seguem-se umas às outras da mesma maneira, e que, contanto que nos abstenhamos somente de aceitar por verdadeira qualquer que não o seja, e que guardemos sempre a ordem necessária para deduzi-las umas das outras, não pode haver quaisquer tão afastadas a que não se chegue por fim, nem tão ocultas que não se descubram. (Descartes)
É correto afirmar que, no trecho acima, Descartes defende que:
(A) não se pode obter o conhecimento da verdade.
(B) o método geométrico descreve a realidade física.
(C) o senso comum é o início de todo conhecimento científico.
(D) o conhecimento deve partir das coisas mais complexas para as mais simples.
(E)) a essência do pensamento matemático é a invenção de relações e de uma ordem entre as relações.
02. Em suas Meditações metafísicas, Descartes tem em vista abandonar todas as opiniões que se mostram duvidosas e incertas que são tomadas como "princípios mal assegurados".
Com isso, Descartes tem por objetivo:
A) defender que são impossíveis verdades objetivas, apenas subjetivas.
B) rejeitar ceticamente qualquer fundamento para a ciência.
C) demonstrar que a matemática é o fundamento do conhecimento.
D) estabelecer algo de constante e de firme nas ciências.
REVISÃO FILOSOFIA 3º ANO - parte 1
AUGUSTO COMTE E O POSITIVISMO
A Revolução Industrial no século XVIII, expressão do poder da burguesia em expansão, demonstrou a eficácia do novo saber inaugurado pela ciência moderna no século anterior. Ciência e técnica tornam-se aliadas, provocando modificações no ambiente humano jamais suspeitadas. De fato, basta lembrar que, antes do advento da máquina a vapor usava-se a energia natural (força humana, das águas, dos ventos dos animais) e, por mais que houvessem diferenças de técnicas adotadas pelos diversos povos através dos tempos, nunca houve alterações tão cruciais como as que decorreram da Revolução Industrial. A exaltação diante desse novo saber e novo poder leva à concepção do cientificismo, segundo o qual a ciência é considerada o único conhecimento possível e o método das ciências da natureza o único válido, devendo, portanto, ser estendido a todos os campos da indagação humana. Nesse clima, desenvolve-se no século XIX o pensamento positivista, que tem Augusto Comte (1798-1857) como principal representante. Augusto
Comte nasceu na França e é o iniciador do positivismo. De família modesta, Comte desenvolveu seus estudos na Escola Politécnica francesa, tendo uma formação matemática e filosófica. Além de iniciador do positivismo, Comte também é considerado o pai da sociologia. Veremos mais tarde como que a filosofia de Augusto Comte exerceu uma influência marcante na sociedade brasileira.
A LEI DOS TRÊS ESTÁGIOS
A filosofia de Comte é marcada pela famosa lei dos três estágios, que ele diz ter descoberto. Segundo o filósofo francês os nossos conhecimentos do mundo passam por três estágios históricos: o teológico (ou religioso), o metafísico e o positivo (ou científico).
No estágio teológico (ou religioso) o homem investiga o mundo apresentando os fenômenos naturais como sendo produzidos pela ação direta e contínua de agentes sobrenaturais. Ou seja, o homem explica os fenômenos através da ação dos deuses. Essa forma de conhecimento do mundo é comum as religiões, tanto as politeístas como as monoteístas. Para Comte essa é a forma mais primitiva de conhecer o mundo.
No estágio metafísico os agentes sobrenaturais (deuses) são substituídos por forças abstratas, tal como faziam os primeiros filósofos. Estes achavam que era possível identificar um elemento primordial que explicasse todos os fenômenos do mundo. Esse estágio é mais evoluído que o anterior, pois abre mão da linguagem fantasiosa e já começa a se deter à observação dos fenômenos. Contudo, essa observação é ingênua e produz afirmações contraditórias.
No estágio positivo (ou científico) o homem abandona as compreensões teológicas ou metafísicas do mundo. A preocupação do conhecimento positivo (científico) não é descobrir causas que expliquem a origem e o destino do universo. O conhecimento positivo só pretende através da observação descobrir a regularidade dos fenômenos para então prevê-los e poder agir sobre eles. Por isso Comte afirma: “Ciência, logo previsão, logo ação”.
A NEUTRALIDADE CIENTÍFICA
O positivismo julga que no estágio positivo (ou científico) o conhecimento atinge seu grau máximo porque o homem consegue ter um acesso neutro ao mundo. Ou seja, o cientista é aquele que não se deixa influenciar pelo seu contexto social, suas paixões, seu orgulho, pela política, religião ou qualquer tipo de interesse. O cientista é neutro e imparcial. Sendo que só uma neutralidade, uma ausência de interesses é que permite conhecer as coisas como elas são. Por exemplo, os positivistas entendem que, se um sociólogo é religioso e pretende estudar o convívio social de um determinado grupo, sua fé pode interferir na pesquisa e não permitir identificar como que alguns aspectos da sua religião prejudicam o convívio deste grupo. Para realizar a pesquisa com sucesso o sociólogo teria que se manter neutro, não permitindo que nenhum interesse seu interferisse na investigação. Em resumo, para o positivismo o conhecimento científico deve ser desinteressado para poder descobrir a verdade dos fatos.
Hegel promove a aproximação da filosofia com a História não no intuito de abordá-la através de conceitos ou concepções pré estabelecidas, mas na medida em que questiona a compreensão inerte que se tem da História em sua contemporânedade "...trata-a (a Filosofia com relação a História) como um material, não a deixa como a é, mas organiza-a segundo o pensamento, constrói a priori uma História."
Mas de que forma para Hegel esta construção deve ser pensada ?
Através do movimento do Raciocínio dialético que desenvolve-se da seguinte forma:
TESE: Afirmação geral sobre o ser.
ANTÍTESE: Constitui a negação da tese. A antítese é a primeira negação que também pode ser negada.
SÍNTESE: Constitui a negação da negação; nela se encontram a tese e antítese repensadas, no caso reformuladas.
Logicamente que o esboço exposto acima é por demais simplista, mas nos permite conferir o caráter dinâmico Histórico sugerido pelo autor da obra em análise. Percebe-se que aplicando este raciocínio aos indivíduos e produção humana, obtêm-se uma História, de certa forma, concebida em etapas, caracterizada pela superação da anterior.
As instituições humanas, bem como o homem, constituem produtos históricos do seu tempo. O texto que analisamos permite nos dizer que para o autor o motor da História é a razão humana, que determina o caminho do homem em direção a liberdade. A liberdade como a razão são historicamente postos, ou seja, liberdade é a capacidade que o homem tem de decidir.
O texto inteiro é permeado por esta dualidade que aqui podemos ver presente. Indivíduo e Mundo, Universo. Não trata-se para o autor de dados de diferentes análises, mas a complementação de uma mesma forma ou entendimento. Como admite a particularidade do indivíduo, bem como das sociedades, mas um caráter comum a todos: a busca da realização destas sociedades. Identifica a particularidade sob a forma daquilo que classifica como "paixão" que não permite a inércia dos indivíduos, na sociedade em que estão inseridos. "Tudo o que pode ingressar no ânimo do homem e despertar o seu interesse, todo o sentimento do bem, do belo e do grande se vê solicitado: por toda a parte se concebem e perseguem fins que reconhecemos, cuja realização desejamos; por ele esperamos e tememos."
Trabalhar na produção histórica é difícil e complexo e, se de acordo com a dialética hegeliana, acrescenta-se maiores dificuldades. O raciocínio parte das determinações do ser. Como o ser se constitui e como se transforma, a partir das determinações que apresenta em sua constituição particular. O raciocínio vai recriar sua trajetória (caminho). A união da reflexão sobre o ser com a dialética do ser origina o conceito.
"O verdadeiro não reside na superfície do sensível; em tudo o que singularmente deve ser científico a razão não pode dormir, e há que se empregar a reflexão."
Esta dinâmica ou movimento da História servia como uma profunda crítica a escola clássica alemã que com a descrição dos fatos e sua ordenação cronológica faziam da História o domínio do imutável. Um fato ligado a outro fato determinado em uma espécie de linearidade temporal, aparentemente tornava a História eterna, perfeita e incapaz de ser tocada.
"...não devemos deixar-nos seduzir pelos historiadores de ofício; com efeito, pelo menos entre os historiadores alemães, inclusive os que possuem grande autoridade e se ufanam do chamado estudo das fontes, há os que fazem aquilo que censuram aos filósofos, a saber, fazem na História ficções apriorísticas ."
A violência e as profundas modificações ocasionadas pela Revolução Francesa demonstram que a História real não era tão imutável quanto pretendiam os historiadores clássicos. A queda do absolutismo teve seus desdobramentos teóricos e Hegel percebeu as profundas mudanças que estavam ocorrendo no mundo. Se de um lado a produção com a Revolução Industrial criou uma produção e um tipo de sociedade atípicas a sua contemporânedade, a Revolução Francesa apontou para as transformações sociais e políticas.
Hegel na Ciência da Lógica propôs um raciocínio filosófico novo, a dialética. A dialética utilizada na Filosofia do Direito na explicação do Estado e da Sociedade, demonstrou o movimento da História na transformação das instituições e da cultura humana. Nas determinações da Dialética a sociedade civil burguesa e o Estado constitucional ganham a perspectiva do tempo. A reflexão hegeliana acabava por identificar-se com a do novo modo de produção. Concebeu a História na dinâmica de suas sociedades, reconhecendo as particularidades de cada uma, tornando-as parte de todo um complexo.
Foi percursor e polêmico. Em seu rastro, muitos outros historiadores que mesmo na intenção de criticá-los, reconheciam a sua inovação. Foi único, e pensou a História como nenhum outro até aquele momento.
"...na História universal, o mais nobre e o mais belo é sacrificado no seu altar. A razão não pode quedar-se no facto de indivíduos singulares terem sido lesados, os fins particulares perdem-se no universal. A razão vê no nascer e no perecer a obra que brotou do trabalho universal do gênero humano, uma obra que existe efectivamente no mundo a que pertencemos."
fonte: http://www.klepsidra.net/klepsidra10/hegel.html
QUESTÕES:
01. O que Comte procura sempre são leis invariáveis, de acordo com o modelo da física e da matemática, paradigmas da ordem. Por isso, a história é pensada como uma sucessão ordenada (...), e a sociedade será pensada como uma totalidade orgânica dividida em segmentos ou classes, que se relacionam de maneira estática. (Franklin L. e Silva)
De acordo com o trecho acima, é FALSO afirmar que:
(A) A filosofia de Comte deve ser compreendida a partir do êxito das ciências exatas e naturais.
(B)) O positivismo adota o conceito de luta de classes para explicar as mudanças históricas.
(C) Ordem e progresso são noções centrais para a compreensão do positivismo.
(D) A sociologia, ciência que estuda a sociedade, deve procurar pelas leis que regem a conduta e as relações humanas.
(E) Há, no positivismo, uma crença no processo evolutivo da sociedade.
02. Sobre Augusto Comte, analise as afirmativas a seguir:
I. Foi um filósofo francês, fundador da Sociologia e do Positivismo.
II. A filosofia positiva de Comte afirma que a explicação dos fenômenos naturais, assim como sociais, provenha de um só princípio.
III. Comte instituiu uma sétima ciência, a Moral, cujo âmbito de pesquisa é a constituição psicológica do indivíduo e suas interações sociais.
É correto afirmar que:
a) I é a única correta.
b) II não está correta.
c) I está correta e III não está.
d) II e III estão corretas.
e) III é a única correta.
03. "O saber que é o nosso objeto em primeiro lugar e imediatamente, não pode ser senão aquele que é, ele próprio, saber imediato, saber do imediato ou do existente. Igualmente devemos nos comportar de modo imediato e receptivo e, portanto, não mudando nele coisa alguma com relação ao modo como se oferece e mantendo afastada da nossa apreensão a atividade de conceber." (Hegel. Fenomenologia do espírito.)
A passagem citada acima refere-se à:
A) pré-consciência, quando a consciência não iniciou sua formação.
B) certeza sensível, que desconsidera qualquer mediação.
C) percepção, pois ser receptivo e ser perceptivo são o mesmo.
D) consciência de si, pois o modo como ela se oferece não muda.
04. Em Filosofia do Direito, Hegel afirma que a liberdade
A - consiste na identidade do interesse particular (da família e da sociedade civil) com o interesse geral (do Estado).
B - consiste no reconhecimento racional pelos indivíduos do que representa o interesse universal do Estado.
C - consiste na subordinação dos indivíduos ao poder da razão.
D - só é possível pela subordinação dos indivíduos ao poder do Estado.
05. Para Hegel, em Filosofia da História,
A - a razão governa o mundo, mas a história universal não é um processo racional.
B - a razão governa a ação dos indivíduos, mas não governa sua história como história universal.
C - a razão governa o mundo, e a história universal é um processo racional.
D - a história não é um processo racional, ela se torna um processo racional apenas no Ocidente
REVISÃO FILOSOFIA 2º ANO - parte 1
GALILEU
O pensador italiano Galileu Galilei (1564-1642) viveu o momento de transição de um mundo dominado pela autoridade da Igreja para um mundo cuja única autoridade é a razão. A vida de Galileu foi marcada pela perseguição política e religiosa, por defender que a compreensão geocêntrica do universo estava equivocada.
A compreensão geocêntrica do universo, ou geocentrismo, defendia que a Terra era o centro do univesrso. Essa compreensão predominou durante toda a Antiguidade e a Idade Média. O geocentrismo é de certa forma confirmado pelo senso comum: no cotidiano temos a sensação de que a Terra é imóvel e que o Sol gira à sua volta. O próprio texto bíblico sugere essa idéia. Em uma passagem das Escrituras, Deus fez parar o Sol para que o povo eleito continuasse a luta enquanto ainda houvesse luz, o que sugere o Sol em movimento e a Terra fixa
Ao criticar o geocentrismo, Galileu defende o heliocentrismo. O heliocentrismo é a teoria que diz que Sol está no centro do nosso sistema planetário e tudo se move ao seu redor. Essa compreensão do universo foi proposta primeiramente com Nicolau Copérnico (1473 -1543). Mas só começou a ganhar repercussão com Galileu. Isto porque Galileu passou a fazer uso de instrumentos que mostravam que essa ideia de Copérnico era verdadeira. O principal instrumento que possibilitou a Copérnico fazer descobertas astronômicas foi o telescópio. O telescópio, invenção talvez dos holandeses, proporcionou a Galileu outras descobertas valiosas: para além das estrelas fixas, haveria ainda infindáveis mundos; a superfície da Lua era rugosa e irregular; o Sol tinha manchas, e Júpiter tinha quatro luas!
Em sua filosofia da natureza Galileu defendeu a concepção de que a realidade é intrinsecamente racional e pode ser plenamente captada pelas ideias e conceitos. A realidade, a partir de Galileu, é concebida como um sistema racional de mecanismos físicos, cuja estrutura profunda e invisível é matemática. Sendo assim, tudo que ocorre na natureza pode ser explicado através da observação da experiência e cálculos matemáticos. O forte impacto dessas novidades desencadeou inúmeras polêmicas até que, pressionado pelas autoridades eclesiásticas, Galileu se viu obrigado a renegar publicamente suas teorias. Além disso, o pensador foi condenado à prisão domiciliar. No entanto, as ideias de Galileu influenciaram todo o mundo moderno, de modo que hoje ele é considerado o pai da ciência moderna.
FRANCIS BACON
Francis Bacon (1561-1626) é um dos principais filósofos do início da idade moderna. Nascido na Inglaterra, aos doze anos Bacon já entrava na Universidade de Cambridge. Durante sua vida, Bacon se dedicou ao estudo da filosofia, além de direito, diplomacia e literatura. Ainda aos dezesseis anos Bacon se viu decepcionado com a filosofia antiga, sendo essa para ele um saber inútil que pouco contribuiu para a produção de coisas vantajosas para a vida humana.
Realçando a importância histórica da ciência, do papel que ela poderia desempenhar na vida da humanidade e entusiasmado com as invenções científicas de sua época, Bacon escreve: “Estas três coisas (a arte da impressão, a pólvora e a bússola) mudaram a situação do mundo todo, a primeira nas letras, a segunda na arte militar, a terceira na navegação; provocaram mudanças tão infinitas que nenhum império, nem seita, nem estrela parece ter exercido maior influência com mais eficácia sobre a humanidade do que essas três invenções”.
Bacon tem como lema “saber é poder”, isso mostra como ele procura, bem no espírito da nova ciência, não um saber contemplativo e desinteressado, que tenha um fim em si mesmo, mas um saber instrumental, que possibilite a dominação da natureza
A CRÍTICA DOS ÍDOLOS
Bacon elaborou uma teoria conhecida como crítica dos ídolos. A palavra ídolo vem do grego eidolon e significa “imagem”. Bacon chama de ídolos as opiniões falsas e preconceitos que dificultam o conhecimento da realidade e o desenvolvimento das ciências. Segundo Bacon, existem quatro tipos de ídolos, ou seja, quatro tipos de opiniões falsas que impedem o conhecimento científico:
I. Ídolos da caverna (a caverna de que fala Bacon é a do mito da caverna de Platão): são as opiniões que se formam em nós por erros e defeitos de nossos órgãos dos sentidos. São os mais fáceis de serem corrigidos por nosso intelecto.
II. Ídolos do fórum (o fórum era o lugar das discussões e dos debates públicos na Roma antiga): são as opiniões que se formam em nós como consequência da linguagem e de nossas relações sociais com os outros. Uma palavra pode ser usada em sentidos diferentes pelos interlocutores de um diálogo; isso pode levar a uma aparente concordância entre as pessoas quando, na realidade, ocorre o contrário. Veja-se, por exemplo, o caso da palavra cultura, ela denota uma série de definições que por si mesmas não conseguem sequer alcançar o propósito inicial do termo –kultur- cultivar a terra. Tais ídolos do fórum são difíceis de serem vencidos, mas o intelecto tem poder sobre eles.
III. Ídolos do teatro (o teatro é o lugar em que ficamos passivos, onde somos apenas espectadores e receptores de mensagens): são as opiniões formadas em nós em decorrência dos poderes das autoridades que nos impõe seus pontos de vista e os transformam em decretos e leis inquestionáveis, seja por meio de ameaças ou pela manipulação das pessoas. Só podem ser desfeitos se houver uma mudança social e política.
IV. Ídolos da tribo (a tribo é um agrupamento humano em que todos possuem a mesma origem, o mesmo destino, as mesmas características e os mesmos comportamentos): são as opiniões que se formam em nós em decorrência da natureza humana. São próprios da espécie humana e só podem ser vencidos se houver uma reforma da própria natureza humana. Assim para Bacon seria comum a natureza humana reduzir o complicado ao mais simples segundo uma visão que se restringe àquilo que é favorável, que é conveniente. Na Astrologia, por exemplo, ignora-se o que falha para ficar com as predições que resultaram conforme o esperado. Por isso Bacon afirma: "As pessoas preferem acreditar naquilo que elas preferem que se seja verdade." Outro hábito comum a natureza humana seria a transposição. Na alquimia os alquimistas "humanizam" a atividade da natureza atribuindo-lhe antipatias e simpatias.
Para Bacon, o conhecimento científico deve começar por uma demolição dos ídolos. Ou seja, a ciência deve primeiramente buscar superar suas opiniões formadas em nós, e que nos conduzem ao erro.
QUESTÕES
01. “Que ninguém espere um grande progresso nas ciências, especialmente no seu lado prático, até que a filosofia natural seja levada às ciências particulares e as ciências particulares sejam incorporadas à filosofia natural. [...] De fato, desde que as ciências particulares se constituíram e se dispersaram, não mais se alimentaram da filosofia natural, que lhes poderia ter transmitido as fontes e o verdadeiro conhecimento dos movimentos, dos raios, dos sons, da estrutura e do esquematismo dos corpos, das afecções e das percepções intelectuais, o que lhes teria infundido novas forças para novos progressos.” (BACON, Francis. Novum Organum. Trad. de José Aluysio Reis de Andrade. 4.ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988. p. 48.)
Com base no texto, é correto afirmar que Francis Bacon:
a) Afirma que a única finalidade da filosofia natural é contribuir para o desenvolvimento das ciências particulares.
b) Defende que o que há de mais importante nas ciências particulares é o seu lado prático.
c) Propõe que o progresso da filosofia natural depende de que ela incorpore as ciências particulares.
d) Constata a impossibilidade de progresso no lado prático das ciências particulares.
e) Vincula a possibilidade do progresso nas ciências particulares à dependência destas à filosofia natural.
02. “O mundo real é simplesmente uma sucessão de movimentos atômicos em continuidade matemática. Nessas circunstâncias, a causalidade só poderia ser colocada, de maneira inteligível, nos próprios movimentos dos átomos [...]. Mas que fazer com Deus? Com a derrubada da causalidade final, Deus, como concebido pelo aristotelismo, estava praticamente perdido; negar francamente sua existência, no entanto, era, à época de Galileu, um passo demasiado radical para que qualquer pensador importante pudesse considerá-lo”. (BURTT, Edwin Arthur. As bases metafísicas da ciência moderna. Trad. de José Viegas Filho e Orlando Araújo Henriques. Brasília: UnB, 1991. p. 78.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia de Galileu, é correto afirmar:
a) Galileu pretendia construir uma nova metafísica em que a teologia apareceria como princípio último de explicação.
b) Segundo Galileu, tudo o que conhecemos sobre o mundo natural diz respeito à natureza íntima da força, ou de sua essência.
c) Galileu buscava estabelecer o fundamento das convicções a respeito da relação determinante do homem com a natureza.
d) A grandeza revolucionária de Galileu deveu-se a sua atitude de responder questões consideradas para além do domínio da ciência positiva.
e) O interesse de Galileu estava em mostrar que para todo movimento expressável matematicamente existe uma causa primária.
03. "Galileu viu em Arquimedes o único cientista verdadeiro da Grécia, pois já revelava alguns aspectos fundamentais da experiência moderna: medidas sistemáticas, determinação da influência de cada fator que atua no fenômeno e enunciação do resultado sob forma de lei geral." (ARANHA, Maria; MARTINS, Maria. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 1993, p. 136.)
A partir do texto acima e de seus conhecimentos sobre ciência, é correto afirmar que:
I - Com Galileu Galilei, o experimento torna-se parte do método científico; torna-se um marco do novo espírito da ciência. Com seus experimentos, Galileu refuta a tese aristotélica de que o peso de um corpo depende de seu tamanho.
II - À condenação de 1633, Galileu Galilei reagiu com a abjuração, mas continuou a pesquisa científica e os contatos com os outros cientistas de sua época.
III - O mecanicismo constituiu-se em um aspecto importante da ciência moderna. A natureza e o próprio ser humano são comparados a uma máquina, isto é, a um conjunto de mecanismos cujas leis precisam ser descobertas.
IV - Galileu defende o desenvolvimento de uma ciência voltada para os aspectos objetivos e mensuráveis da natureza, em oposição à física qualitativa aristotélica.
V - Galileu pensa que uma ciência quantitativa da natureza é possível graças ao fato de que a própria natureza está configurada de modo a exibir ordem e simetrias matemáticas.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) Todas as proposições são verdadeiras.
b) Apenas a proposição II é falsa.
c) Apenas a proposição III é falsa.
d) Apenas a proposição IV é falsa.
e) As proposições III e IV são falsas.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Q gostoso!!!!!
Pavê:
3 colheres de (sopa) de chocolate em pó
3 colheres de (sopa) de conhaque
2 pacotes de biscoito champagne
Chocolate granulado para polvilhar
1 xícara de (chá) de leite
Recheio:
4 colheres de (sopa) de achocolatado em pó
2 colheres de (sopa) de margarina sem sal
2 latas de leite condensado
400 ml de leite
Pavê:
Dissolva o chocolate em pó no leite e misture o conhaque. Umedeça os biscoitos nessa mistura e, em um refratário, monte camadas alternadas de biscoitos umedecidos e do recheio preparado até finalizarem os ingredientes. Polvilhe com o chocolate granulado e leve à geladeira por 2 horas antes de servir.
Recheio:
Em uma panela, misture o leite condensado, o leite, a margarina e o achocolatado até ficar homogêneo. Em seguida, leve ao fogo, mexendo sempre, até o ponto de brigadeiro mole. Aguarde esfriar e utilize.
Rendimento: 10 porções
Estado Moderno - O Estado Absoluto
Luis XIV - Rei Sol
O Estado Absolutista.
Como primeiro formato de Estado moderno deve-se destacar o absolutismo, surgido em um período de confronto entre nobreza e clero – de um lado – e burguesia – de outro -.A princípio a burguesia tentou estabelecer acordos políticos com os monarcas, que aproveitaram a disputa entre as camadas sociais para aumentar seu poder político.Surgiu um novo tipo de Estado, apoiado pela burguesia, que se estendeu por vastos territórios e centralizou as decisões políticas.
O absolutismo teve em Thomas Hobbes (1588-1679) seu representante, cuja teoria procurava as origens do Estado e sua finalidade. Hobbes defendia um Estado soberano com representação máxima de uma sociedade civilizada e racional. A explicação era simples: Em estado natural os homens viveriam em igualdade, segundo seus instintos. O egoísmo, a ambição e a crueldade, próprios de cada um, gerariam uma luta sem fim e tornariam difícil a vida em sociedade, levando-os a destruição. Somente o Estado - poder acima das individualidades – garantiria segurança a todos. Quanto mais soberano ele fosse, mais humanos e racionais seriam os homens em sociedade.
Ao Estado nunca interessou afastar a Igreja da vida política, pois o melhor seria submetê-la ao seu poderio e conservar sua função religiosa, que beneficiava o próprio Estado.
No absolutismo surge a separação entre a pessoa do monarca e o poder político do Estado. Os monarcas varias vezes, defenderam medidas econômicas e políticas em nome do interesse geral e não de acordo com interesses próprios. Começava-se a estabelecer o que era publico e o que era privado. O bem público é um bem de todos, mas essa distinção entre o que é publico e o que é privado é produto da época atual, com inicio no Estado Absolutista.
No Absolutismo o poder político centralizou-se no interior do domínio nacional (ou territorial) e os parlamentos que surgiram nesse Estado funcionavam como órgãos consultivos, pois não eram permanentes e não tinham força perante o rei.
Como primeiro formato de Estado moderno deve-se destacar o absolutismo, surgido em um período de confronto entre nobreza e clero – de um lado – e burguesia – de outro -.A princípio a burguesia tentou estabelecer acordos políticos com os monarcas, que aproveitaram a disputa entre as camadas sociais para aumentar seu poder político.Surgiu um novo tipo de Estado, apoiado pela burguesia, que se estendeu por vastos territórios e centralizou as decisões políticas.
O absolutismo teve em Thomas Hobbes (1588-1679) seu representante, cuja teoria procurava as origens do Estado e sua finalidade. Hobbes defendia um Estado soberano com representação máxima de uma sociedade civilizada e racional. A explicação era simples: Em estado natural os homens viveriam em igualdade, segundo seus instintos. O egoísmo, a ambição e a crueldade, próprios de cada um, gerariam uma luta sem fim e tornariam difícil a vida em sociedade, levando-os a destruição. Somente o Estado - poder acima das individualidades – garantiria segurança a todos. Quanto mais soberano ele fosse, mais humanos e racionais seriam os homens em sociedade.
Ao Estado nunca interessou afastar a Igreja da vida política, pois o melhor seria submetê-la ao seu poderio e conservar sua função religiosa, que beneficiava o próprio Estado.
No absolutismo surge a separação entre a pessoa do monarca e o poder político do Estado. Os monarcas varias vezes, defenderam medidas econômicas e políticas em nome do interesse geral e não de acordo com interesses próprios. Começava-se a estabelecer o que era publico e o que era privado. O bem público é um bem de todos, mas essa distinção entre o que é publico e o que é privado é produto da época atual, com inicio no Estado Absolutista.
No Absolutismo o poder político centralizou-se no interior do domínio nacional (ou territorial) e os parlamentos que surgiram nesse Estado funcionavam como órgãos consultivos, pois não eram permanentes e não tinham força perante o rei.
Orfeu e Eurídice
Vai aí uma historinha de amor para abalar os corações!!!!!
Fugindo de um homem que a perseguia, a ninfa Eurídice pisou numa serpente venenosa oculta na relva. O réptil a picou no calcanhar, e ela desceu ao reino dos mortos, deixando inconsolável seu marido. Orfeu, poeta, músico e cantor, sempre empunhando a lira ou a cítara, era um artista insuperável. Com seu canto, os animais ferozes se tornavam pacíficos e o seguiam, as rochas se moviam, as árvores inclinavam as copas em sua direção, os homens se acalmavam. Mas a dor pela perda da esposa foi tal que ele, fugindo do convívio humano, na solidão, só conseguia pensar em Eurídice. Sua música, agora triste, só cantava o amor por Eurídice. Por fim, resolveu descer ao sombrio Hades para tentar trazê-la de volta.
Fugindo de um homem que a perseguia, a ninfa Eurídice pisou numa serpente venenosa oculta na relva. O réptil a picou no calcanhar, e ela desceu ao reino dos mortos, deixando inconsolável seu marido. Orfeu, poeta, músico e cantor, sempre empunhando a lira ou a cítara, era um artista insuperável. Com seu canto, os animais ferozes se tornavam pacíficos e o seguiam, as rochas se moviam, as árvores inclinavam as copas em sua direção, os homens se acalmavam. Mas a dor pela perda da esposa foi tal que ele, fugindo do convívio humano, na solidão, só conseguia pensar em Eurídice. Sua música, agora triste, só cantava o amor por Eurídice. Por fim, resolveu descer ao sombrio Hades para tentar trazê-la de volta.
Em meio às sombras e deuses das regiões subterrâneas, Orfeu fez ecoar a música de sua lira. Nos Infernos, Sísifo tinha sido condenado a rolar montanha acima uma pedra que, no alto, voltava a cair, obrigando-o a recomeçar a tarefa eternamente.
Mas, com aquela música, como que por encanto a pedra de repente ficou parada, sem ninguém a segurar. Tântalo, como punição dos deuses, sedento e faminto, tinha sempre diante de si água e comida, que, porém, nunca conseguia alcançar. Mas, ao som da lira de Orfeu, esqueceu-se da fome e sede eterna. As Danaides tentavam encher de água um tonel furado; a música encantadora as fez descuidar da tarefa ingrata. Cantando o amor a Eurídice e a perda da esposa, comoveu a todos os habitantes do mundo infernal. Até mesmo de Hades, que tinha um coração de ferro, arrancou lágrimas.
Hades e Perséfone, os deuses infernais, concederam, então, que Orfeu levasse Eurídice de volta à vida, com uma condição: na ida em direção à luz do dia, ele não deveria, de maneira nenhuma, olhar para trás antes de deixar o mundo das sombras. Eis que Eurídice acompanha silenciosa Orfeu, rumo à superfície da terra. Vão regressando daquelas regiões escuras, povoadas pelas sombras dos mortos. Percorrem um caminho abrupto, em meio a trevas e uma névoa espessa. E a luz já se aproximava, quando, tomado de intenso amor e esquecido da condição que lhe impuseram, Orfeu resolveu olhar para a sua Eurídice...
Ouve-se um estrondo espantoso, e Eurídice diz ao esposo:
— Que loucura foi essa que perdeu a mim e a ti, Orfeu? Já de novo os destinos cruéis me chamam e o sono começa a cerrar meus olhos. É hora de dizer-te adeus. A noite imensa me circunda e ergo em vão para ti as minhas mãos enfraquecidas. Disse isso e desapareceu como fumaça nos ares. Orfeu ficou desesperado, pois sabia que sua música não poderia dobrar4 os deuses infernais: eles jamais se abrandavam com as súplicas humanas. Era impossível lutar contra suas duras leis. Por todo o resto de seus dias, sem descanso, sem trégua à dor, Orfeu cantou o amor por Eurídice, que perdera para sempre num descuido fatal.
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