
(Ponto De Equilíbrio)
Composição: Lucas Kastrup / Diogo Viana
Na infância você chora, te colocam em frente da TV
"A criança que pensa em fadas e acredita nas fadas Age como um deus doente, mas como um deus. Porque embora afirme que existe o que não existe Sabe como é que as cousas existem, que é existindo, Sabe que existir existe e não se explica, Sabe que não há razão nenhuma para nada existir, Sabe que ser é estar em algum ponto Só não sabe que o pensamento não é um ponto qualquer." (Alberto Caeiro)
Atenas - Sociedade:
*eupátridas: representados pelos grandes proprietários;
*georgóis: pequenos proprietários
*demiurgos, ou povo ateniense: artesãos, comerciantes e camponeses.
**Nota: cidadão ateniense era necessariamente apenas os filhos de pai e mãe ateniense.
Os estrangeiros (metecos) e os escravos, não eram considerados cidadãos.
Também as mulheres e crianças, ficavam á margem, consideradas como parte do corpo cívico da pólis, sem gozar de direitos políticos (cidadania).
*Portanto, lembre-se: a comunidade da pólis clássica, independentemente de como se dividiu internamente, ergueu-se sobre uma maioria excluída da participação política.
Atenas - Evolução Política
*até meados do séc. VIII a.C. era uma monarquia, cujo rei (basileus) acumulava as funções de chefe religioso, militar e jurídico ...
*a partir dai a aristocracia eupátrida se fortalece em detrimento do poder dos reis: o governo passa a para as mãos de uma oligarquia de nobres, os arcontes, que formavam o Arcontado.
*à medida em que a nobreza se apropriava das terras cultiváveis e, consequentemente, adquiria maior poder, os pequenos proprietários empobreciam e endividavam-se: perdiam suas propriedades e podiam tornar-se escravos por dívidas.
*em meados dos séc. VII a.C. Atenas é envolta em lutas entre o demos (povo) e os eupátridas. Os comerciantes davam apoio ao povo...
*como resultado dessa crise, surgiram os legisladores ou reformadores...
Atenas: os legisladores...
*Drácon (621 a.C.) redige um duro código de leis que deveria ser obedecido por todos, mas os privilégios da aristocracia permanecem;
*Sólon (594 a.C.) acaba com a escravidão por dívidas e substitui o critério de nascimento pelo de riqueza para a participação política do cidadão (censitário);
Atenas: as tiranias...
*Pisístrado (561 a.C.), apoiado pelo partido popular realiza uma reforma agrária, distribuindo terras e créditos aos camponeses pobres... mas seus sucessores não conseguiram dar continuidade à sua política
*Clístenes (506 a.C) marca o fim das tiranias e empreende uma série de reformas político-administrativas que dão origem à democracia ateniense, ampliando a participação política de uma parcela maior da população ateniense.
Atenas - A Democracia: O século de ouro
*Durante o governo de Péricles (461-429 a.C.), a democracia ateniense atinge sua plenitude, estabelecidos os princípios:
*da isonomia: igualdade de todos perante a lei;
* da isegoria: igualdade de direito ao acesso à palavra na assembléia;
* da isocracia: igualdade de participação no poder.
* A democracia era direta, mediante ao comparecimento do cidadão à Assembléia (Eclésia).
* A Assembléia era um comício ao ar livre e suas decisões representavam a palavra final na guerra e na paz, nos tratados, nas finanças, na legislação, nas obras públicas. As reuniões eram freqüentes e todos os que compareciam tinham direito de fazer uso da palavra. O povo não podia ser eleito para exercer cargos públicos, entretanto, constituiu-se como um tribunal que tinha o direito de julgar todos os casos importantes e eleger os administradores.
* Não se esqueça que a cidadania era restrita aos cidadãos, isto é., maiores de 18 anos, do sexo masculino e filhos de pai e mãe ateniense.
Greve: última opção
Sex, 08 de Maio de 2009
O Sindicato – APEOC fez o que foi possível, negociando com o governo Cid Gomes encontrar respostas ao cumprimento dos consagrados direitos dos professores previstos em leis.
Portanto, a greve foi a última opção da categoria e o seu êxito depende da sociedade perceber que não pagar salário justo nem cumprir o que determina ato jurídico perfeito é fazer contramão na educação.
O Jornal O Povo, edição de hoje, sexta-feira, em editorial “IMPASSES OBTUSOS” comenta com cristalina lucidez as causas e conseqüências da greve dos professores da Educação Básica do Estado e pede comentário sobre a linha deste editorial, através da internet: www.opovo.com.br.
“IMPASSES OBTUSOS”
“Greve de professor não é bom para ninguém, sendo mais inteligente evitá-la a qualquer custo, pois os prejuízos sempre serão menores do que os produzidos por uma paralisação.
Professores do Estado decidiram, ontem, em assembléia geral no Ginásio Aécio de Borba, paralisar suas atividades, na Capital e no Interior. A greve foi escolhida como instrumento de pressão para obter do governo o pagamento da progressão salarial horizontal, nos termos da lei de 1993 que, segundo eles, garante 5% de reajuste para a categoria. O governo mais uma vez acena com um abono.
Greve de professores é, sem dúvida nenhuma, um grande transtorno para os alunos e suas famílias, visto que interrompe o processo de formação escolar, com prejuízos inevitáveis para todos, sobretudo os alunos. Para os professores, também, o desconforto por lançar mão desse recurso é incontornável, tanto pelos prejuízos em sua rotina (visto que sempre terão de repor as aulas), como pelo desgaste inevitável perante a opinião pública, ainda quando cobertos de razão.
De fato, para o bem de todos, o melhor seria que não se chegasse a esse impasse. Por parte da sociedade – é verdade - há a percepção de que a categoria é uma das mais injustiçadas do Brasil. Os ganhos estão sempre muito aquém daquilo que seria justo receber. A conseqüência disso é que o professor tem de se entregar a uma roda-viva esgotante, retalhando-se por várias salas de aulas e unidades de ensino para somar os recursos mínimos para se manter. Além do desgaste físico e emocional (hoje é uma das categorias mais ameaçadas pela violência reinante na rede pública de ensino em várias partes do País), não tem tempo para se informar, nem dinheiro para adquirir livros, jornais e outros meios necessários à atualização de seus conhecimentos.
Quem perde com tudo isso não é apenas o professor e o aluno, mas a sociedade por inteiro. Alunos desprovidos de fundamentos de ensino sólidos significam a fragilização do próprio desenvolvimento do País, como todos sabem. Na sociedade do conhecimento, não é mais possível fechar os olhos a essa vulnerabilidade, como se fazia no passado recente. Ter boas escolas e professores preparados e bem remunerados significa a condição sine qua non para a viabilização de uma sociedade, no mundo de hoje. Não é apenas para “fazer bonito” e vender uma imagem de “civilizado”, como se difundia no passado, mas de transparecer que se está preparado para responder aos desafios da contemporaneidade, por se estar lastreado em uma sólida base educacional, capaz de absorver e produzir conhecimento.
É verdade que o Estado contemporâneo, por conta de um erro de condução estratégica, vê-se hoje desprovido de meios para responder satisfatoriamente às demandas da sociedade. O Brasil, principalmente – e o Estado do Ceará, em particular –, paga um alto preço por conta de opções históricas erradas, e não é do dia para noite que isso poderá ser recuperado. As limitações para os governos são muitas, mas seria cegueira não “antenar” para o valor estratégico da educação. E esta não se faz sem educadores”.
(texto retirado do site da APEOC – Associação dos Professores do Estado do Ceará – www.apeoc.org.br)