segunda-feira, 23 de março de 2009

GEOGRAFIA DO CEARÁ 1º ANO

GEOGRAFIA DO CEARÁ – I ano

OS PLANALTOS SEDIMENTARES

Destacam-se como unidades mais representativas: a Ibiapaba, o Araripe e a Chapada do Apodi.

Planalto da Ibiapaba – compreende um dos mais significativos compartimentos do relevo do território cearense. A sua fisionomia morfológica se assemelha a uma cuesta.
Do oriente para o ocidente, a morfologia é caracterizada por uma contínua sucessão de vales e de interflúvios tabulares onde as diferenciações trazem mudanças nos tipos de ocupação agrícola. Dado a adoção de técnicas agrícolas rudimentares, há uma tendência generalizada para a degradação dos recursos naturais renováveis, com a diminuição progressiva da produtividade agrícola.

Chapada do Araripe – situa-se na parte meridional do estado, entre o Ceará e Pernambuco. Ao contrário do que verifica na Ibiapaba, onde a disposição estrutural do planalto é diferente, no Araripe as condições de morfogênese química não ocorrem no topo e sim na encosta. Desta maneira, enquanto a Ibiapaba compreende um típico “brejo” de cimeira, no Araripe há um “brejo” de encosta e de pé-de-serra.

Chapada do Apodi – é o mais rebaixado dos planaltos sedimentares do Ceará e o topo não chega a ultrapassar a costa de 250 metros. Com a encosta cearense situada a sotavento, não há condições para a ocorrência de “brejos”, a exemplo das duas unidades anteriores.

As depressões sertanejas

Se encontram embutidas entre os maciços residuais cristalinos e os planaltos sedimentares. Este fato implica em mudança profundas dos condicionamentos do potencial ecológico, quando comparados às áreas litorâneas ou aos brejos. A semi-aridez é então mais aguda e as caatingas tem uma distribuição extensiva. As depressões sertanejas apresentam rochas pertencentes a pequenas bacias sedimentares de datação variadas como as de Jaibaras, Iguatu, Iço, etc.
As depressões sertanejas se colocam como vastas superfícies de aplanamento, onde o trabalho erosivo truncou indistintamente estas rochas. Surgem assim os “insilbergs” ou campos de “insilbergs” dos quais os de Quixadá e Irauçuba são os mais representativos.
O processo evolutivo dos pediplanos está intimamente ligado às características climáticas e de vegetação das depressões sertanejas semi-áridas.
As planícies fluviais ocupam extensões bastante restritas, sendo os solos aluviais, hidromórficos e halomórfico os dominantes, sendo quase sempre cobertos pela mata galeria dos carnaubais.

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