Durante a Baixa Idade Média (séculos XI a XV) a produção deixou de ser exclusivamente para consumo local e passou a ser destinada ao comércio, estimulando a circulação das moedas;
A partir do século XI aumentou a segurança nas estradas, possibilitando as viagens comerciais. O número de mortes diminuiu e, com isso, a população aumentou, gerando a necessidade de mais produtos para consumo;
Para aumentar a produção, o trabalho servil foi substituído gradativamente pelo trabalho livre, até que no final do século XVI o capitalismo estava implantado;
No século XI, os senhores feudais aumentaram as obrigações dos servos, que começaram a abandonar os feudos. As rendas dos senhores feudais diminuíram e muitos servos e vilões tornaram-se mendigos ou bandidos;
O sustento dos nobres tornou-se mais difícil. Os filhos mais novos dessas famílias, deserdados, procuraram outras opções de sobrevivência – como a vida religiosa, o casamento ou o banditismo;
Para canalizar a violência social, a Igreja e os reis organizaram as Cruzadas contra os muçulmanos, com o objetivo de recuperar lugares sagrados, impedir o avanço árabe na Europa, controlar as rotas comerciais nas mãos dos muçulmanos e mostrar que o papa tinha autoridade sobre a cristandade;
Muitas pessoas participaram das Cruzadas, atraídas pela possibilidade de enriquecimento através da conquista e pela promessa de salvação, feita pela Igreja, aos que combatessem os muçulmanos;
As Cruzadas tiveram várias conseqüências. Uma delas foi o aumento do comércio entre o Oriente e o Ocidente, que levou ao ressurgimento da economia urbana e monetária na Europa ocidental. A classe dos comerciantes se fortaleceu.
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